Os resultados da economia baiana no primeiro trimestre de 2023, além de análises conjunturais dos cenários internacional e nacional, foram tema do encontro realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), que reuniu técnicos, gestores estaduais e especialistas, na quarta-feira (28), no auditório da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Uma das informações destacadas durante o encontro foi o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) baiano, que registrou um aumento de 1,1% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Esse crescimento, de acordo com o especialista em Políticas Públicas da SEI, Luiz Mário Vieira, foi impulsionado pelo setor agropecuário, que apresentou uma taxa positiva de 8,4%, principalmente, em função do aumento das safras, com destaque para a soja. Vieira lembrou, ainda, que o setor agropecuário tem sua maior contribuição no segundo trimestre, quando ocorre a finalização das culturas mais importantes da agricultura baiana.
Por outro lado, o setor industrial da Bahia apresentou uma queda de 2,4% no primeiro trimestre de 2023. Essa retração foi influenciada principalmente pela diminuição das atividades das indústrias de Transformação (-5,1%) e Construção Civil (-1,9%), que representam quase 80% da indústria geral baiana. Para o especialista, a possibilidade de instalação da fábrica chinesa de veículos elétricos BYD gera uma expectativa muito grande não só no setor industrial, como em toda economia baiana. “Vai ser um gol de placa em final de Copa do Mundo se essa fábrica, realmente, se instalar aqui na Bahia. Dará um choque positivo no setor industrial baiano em todos os sentidos. Nenhum país do mundo quer mais atrair uma fábrica de automóveis a combustão”, avaliou.
Entre os dados apresentados dos cenários internacional e nacional relativos ao primeiro trimestre, o destaque fica por conta do crescimento de 4% do PIB registrado no Brasil em comparação ao primeiro trimestre de 2022, se aproximando do crescimento da economia chinesa, que ficou em 4,5% no comparativo com o mesmo período. Vale registrar que a composição do PIB brasileiro tem o setor de serviços com a maior fatia (70,9%), seguido da indústria, com 22,5%, e agropecuária (6,6%), de acordo com dados consolidados pelo IBGE.
Diante desses números e das perspectivas para a economia, o secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou que a análise dos dados e a compreensão das tendências econômicas são essenciais para direcionar os esforços no sentido de impulsionar o crescimento e promover a sustentabilidade econômica do estado.
“Entendemos que há desafios a serem superados, mas estamos comprometidos em trabalhar em conjunto com todos os setores envolvidos para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da Bahia. O encontro é importante para a discussão desses resultados e a identificação de estratégias para fortalecer nossa economia. Continuaremos a investir em políticas públicas voltadas para o fomento de setores-chave, buscando criar um ambiente favorável para negócios e estimular o empreendedorismo. Além disso, estamos atentos à sustentabilidade ambiental e social, garantindo que o crescimento seja equilibrado e inclusivo”.
O evento, que tem a periodicidade trimestral, também contou com as presenças do superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, do diretor de Indicadores e Estatística da SEI, Armando Castro, e do coordenador de Gestão Organizacional e de TIC da Sefaz, que apresentou dados da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Rommel Cavalcanti.
Fonte: Ascom Seplan
Data: 29/06/2023