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SEI divulga dados sobre presença feminina no mercado de trabalho em Salvador e Região Metropolitana

Crédito: Paula Fróes/ GOVBA

 

De acordo com dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador, executada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no segmento da população feminina, pelo segundo ano consecutivo, o número de postos de trabalho aumentou para as mulheres da RMS. Todavia a População Economicamente Ativa (PEA) aumentou entre elas com maior intensidade. Com isso, o contingente e a taxa de desemprego de mulheres cresceram, com o primeiro chegando ao maior patamar anual da série histórica, iniciada em 1997, e a segunda alcançando o maior percentual, desde 2003.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

Aumenta a taxa de desemprego das mulheres em 2018 - Pelo segundo ano consecutivo, o número de pessoas trabalhando na Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou acréscimo. Em 2018 houve aumento de 2,0% ou de 29 mil pessoas. Por outro lado, a População Economicamente Ativa elevou-se em 81 mil pessoas, o que acresceu em 52 mil pessoas o contingente de desempregados. Com esses movimentos, a taxa de desemprego total na RMS aumentou para 25,7%. O crescimento da ocupação beneficiou mais os homens (mais 19 mil postos) que as mulheres (10 mil), ainda que o número de homens (mais 39 mil) na força de trabalho tenha aumentado menos que o de mulheres (mais 42 mil), o que denota maiores dificuldades encontradas por elas em acessar postos de trabalho.

O aumento da PEA em intensidade superior ao acréscimo da ocupação fez com que o contingente de mulheres desempregadas se elevasse (13,0% ou 32 mil pessoas). Entre os homens o contingente de desempregados também se elevou, contudo, em menor proporção (9,0% ou 20 mil pessoas). Entre as mulheres, elevaram-se as proporções de pessoas desempregadas na faixa etária de 25 a 39 anos, negras e que ocupam a posição de cônjuge no domicílio. Esses movimentos representaram pequenas mudanças na distribuição de homens e de mulheres no mercado de trabalho, aumentando relativamente a desigualdade entre suas inserções. A sobrerrepresentação das mulheres entre os desempregados, sempre significativa, cresceu pelo segundo ano seguido, passando de 52,7% para 53,6% entre 2017 e 2018. Houve leve redução na proporção de mulheres na população ocupada – de 46,6% para 46,3%; e também pequena elevação na sua participação no mercado de trabalho, que passou de 48,0% para 48,2%.

O aumento no número de mulheres no mercado de trabalho em 2018 implicou em crescimento na sua taxa de participação (1,3 p.p) – indicador que estabelece a proporção de pessoas com dez anos de idade ou mais presentes no mercado de trabalho, como ocupadas ou desempregadas. A taxa participação dos homens, que historicamente é bastante superior, cresceu em menor proporção. Enquanto a participação feminina passou de 50,7% da População em Idade Ativa (PIA), em 2017, para, 52,0% em 2018, a dos homens aumentou de 66,1% para 67,2%, no mesmo período.

O crescimento da PEA feminina em proporção superior ao aumento do número de postos de trabalho fez aumentar sua taxa de desemprego, mesmo movimento observado entre os homens, porém, com menor intensidade. No ano de 2018, a taxa de desemprego feminina aumentou de 26,4% para 28,6%, enquanto a masculina aumentou de 21,9% para 23,0%.

 

Ocupação feminina cresceu pelo segundo ano - No ano de 2018 houve geração de 10 mil postos de trabalho para as mulheres, com impacto positivo sobre as mulheres mais velhas, com idade acima dos 50 anos de idade, e, em termos de escolaridade, com elevação nos níveis extremos, entre aquelas que não concluíram o ensino fundamental e aquelas com nível superior. Em termos setoriais, esse resultado derivou de aumento no número de postos de trabalho nos Serviços (2,5%) e, em menor proporção, no setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (0,8%). Para as mulheres, o declínio no número de ocupados ocorreu na Indústria de transformação, onde sua presença já é escassa (-14,3%).

O comportamento da ocupação feminina pouco modificou a sua estrutura ocupacional setorial entre os anos de 2017 e 2018. Verificou-se que a participação já pequena da Indústria de transformação, diminuiu ainda mais. De modo contrário, a importância do setor de Serviços, que era bastante considerável, elevou-se. E o Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas praticamente manteve a sua representação na estrutura ocupacional das mulheres.

Em relação às formas de inserção no mercado de trabalho, o acréscimo no nível ocupacional feminino derivou de aumentos verificados no trabalho assalariado no Setor privado sem carteira de trabalho assinada (25,5%); no trabalho Doméstico diarista (19,3%); na ocupação no agregado Demais posições, que inclui empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (10,3%); e no trabalho Autônomo (6,0%). Por outro lado, houve declínio do nível ocupacional feminino no assalariamento no Setor privado com carteira assinada (-3,3%), no Setor público (-1,3%) e no trabalho Doméstico mensalista (-7,0%). Com os movimentos observados no ano de 2018, elevou o número de mulheres em posições mais precárias, como o trabalho Autônomo, o assalariamento Sem carteira assinada e a ocupação no agregado Demais posições. Por outro lado, houve redução no número de mulheres inseridas em posições consideradas mais qualificadas que, de modo geral, auferem melhores rendimentos e apresentam maiores garantias trabalhistas e sociais, como o emprego assalariado no setor Privado com carteira assinada e o no setor Público. Com isso, para citar as mudanças mais significativas, o trabalho com Carteira assinada diminuiu a sua importância na estrutura ocupacional das mulheres, de 44,3% para 42,2%. Por outro lado, o trabalho Assalariado sem carteira assinada, o trabalho Autônomo e a inserção nas Demais posições ocupacionais elevaram as suas representações de 6,3% para 7,8%, de 16,9% para 17,7% e de 5,8% para 6,1%, respectivamente.

 

Rendimento médio real diminuiu mais para as mulheres que para os homens - No período 2017-2018, o rendimento médio real no trabalho principal diminuiu para as mulheres ocupadas (-4,2%) e, em menor medida, para os homens (-2,8%). O valor recebido pelas mulheres passou de R$ 1.391 para R$ 1.333 e o dos homens, de R$ 1.662 para R$ 1.616.

Em 2018, o rendimento médio real por hora recebido pelas mulheres foi de R$ 8,20, valor inferior ao auferido em 2017, R$ 8,33. No mesmo período, o rendimento/hora dos homens teve leve retração de R$ 9,03 para R$ 8,99. No histórico da desigualdade de rendimentos entre os sexos, a distância entre os vencimentos das mulheres em relação aos dos homens aumentou, depois de diminuir por quatro anos consecutivos, passando de 92,2% em 2017 para 91,2% em 2018. A elevação na desigualdade de rendimentos entre mulheres e homens se deu pelo declínio mais intenso no rendimento feminino.

Em relação à posição na ocupação, a maior desigualdade de rendimentos mensais, em 2018, foi observada entre os Autônomos, com as mulheres recebendo apenas 59,8% do rendimento masculino. Por outro lado, a proporção auferida pelas mulheres em relação aos homens é menos desigual no assalariamento, cujo rendimento feminino, em 2018, correspondeu a 96,1%. Entre os assalariados, há menor desigualdade no Setor privado com carteira de trabalho assinada (as mulheres receberam 93,9% do rendimento dos homens) que no Setor público (88,8%), e a maior diferença foi entre os assalariados no Setor privado sem carteira assinada (86,2%).

Entre 2017 e 2018, o diferencial de rendimentos entre homens e de mulheres aumentou no trabalho Autônomo (de 64,9% para 59,8%), enquanto diminuiu em todas as inserções assalariadas: assalariamento no setor privado com carteira de trabalho assinada (de 89,8% para 93,9%), assalariamento do setor privado sem carteira de trabalho assinada (83,7% para 86,2%) e no Setor público (de 84,2% para 88,8%). Em relação aos setores de atividade econômica, a desigualdade foi maior no setor de Serviços (94,7%) e menor no Comércio (97,2%), não sendo possível observar essa informação para a Indústria de transformação por insuficiência de amostra. A redução da distância entre os rendimentos de homens e mulheres, tanto no setor Público quanto no Privado, foram devidas às maiores retrações ocorridas nos rendimentos masculinos frente aos rendimentos femininos.

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