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SEI divulga dados da Pesquisa Agrícola Municipal na Bahia em 2016

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Com base nas informações da Pesquisa Agrícola Municipal, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o valor da produção agrícola baiana foi estimado em R$ 15,7 bilhões no ano de 2016, numa área colhida total de 4,3 milhões de hectares. A subdivisão entre lavouras permanentes e temporárias mostra que estas últimas somam quase 60% do valor da produção e 70% da área colhida. Em relação às lavouras permanentes, destaca-se o papel da fruticultura, que elevou a Bahia ao status de segundo maior produtor nacional, atrás de São Paulo e superando Minas Gerais. A Pesquisa Agrícola Municipal é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em 2015, a safra baiana havia gerado um valor da ordem de R$ 17,2 bilhões, em cerca de 4,9 milhões de hectares colhidos. Nesse ano, o Estado manteve a sétima posição no ranking da produção nacional, tendo participação de 6,4% em todo valor produzido pela agricultura nacional. Em 2016, a Bahia permaneceu como sétimo maior produtor, porém a participação no conjunto da safra nacional caiu para 4,9%.

 

“É preciso destacar que o ano safra de 2016 foi marcado pelo fenômeno meteorológico do El Niño, que provocou uma forte escassez e irregularidades na distribuição das chuvas em regiões produtoras do país, especialmente no Nordeste e na Bahia. A severa estiagem provocou a quebra de safra de diversas lavouras, que redundou entre outros efeitos na redução em 10,2% da área colhida e em 5,1% do valor da produção entre 2015 e 2016”, analisa Pedro Marques, Economista da SEI.

 

Dentre os itens pesquisados, a soja permaneceu como o principal produto da lavoura baiana, apresentando o maior valor de produção em termos absolutos (R$ 3,5 bilhões) assim como maior participação relativa (22,3%), no período. Os maiores produtores da oleaginosa foram os municípios de Formosa do Rio Preto (R$ 855,5 milhões), São Desiderio (R$ 832,2 milhões), Correntina (R$ 492,1 milhões), Barreiras (R$ 416,1 milhões) e Luis Eduardo Magalhães (R$ 343 milhões). Esses municípios foram responsáveis por cerca de 84,4% da produção de soja do Estado, essencialmente concentrada na região do Extremo Oeste.

 

Mais destaques - Destaque também para a produção de banana, que ultrapassou culturas tradicionais como algodão, cacau, milho e café e passou a ser o segundo produto mais valorizado na pauta agrícola baiana. Bom Jesus da Lapa, Wenceslau Guimarães e Barra do Choça são os principais produtores de banana do Estado, juntos geraram 345,9 mil toneladas. Ocuparam, respectivamente, o primeiro, o sexto e o décimo segundo lugar do ranking nacional da cultura.

 

A Bahia é o segundo maior produtor de algodão, onde foram produzidas 887,6 mil toneladas, cerca de 25,4% da produção nacional.  Juntos, Bahia e Mato Grosso concentram 89,5% da produção nacional. No Estado, o maior produtor foi São Desidério, cuja participação com 10% da produção nacional lhe conferiu a segunda posição no ranking nacional, ficando atrás do município de Sapezal (MT).

 

O feijão, cultura tradicional, sofreu as consequências da seca e teve queda de 65,1% em relação a 2015. Foram produzidas 144,6 mil toneladas e o Estado respondeu por 5,5% do total produzido no Brasil. No caso da laranja, a Bahia produziu 1,1 milhão de toneladas, o segundo maior volume do país, respondendo a 6,5% do total. O município de Rio Real, com 345 mil toneladas produzidas, foi quinto maior produtor nacional.

 

A Bahia destacou-se por alcançar a segunda colocação, no tocante ao valor da produção de frutíferas, totalizando R$ 4,1 bilhões, com 12,2% de participação nacional. Nesse quesito, os municípios de Juazeiro (R$ 240,1 milhões), Wenceslau Guimarães (R$ 211,8 milhões), Bom Jesus da Lapa (159,8 milhões) e Rio Real (R$ 152,7 milhões) estiveram entre os 20 principais produtores do país. Em algumas culturas, a Bahia lidera o ranking nacional, como é o caso da produção de mamão, coco-da-baía, manga, maracujá e sisal. Posiciona-se também de forma relevante na produção de laranja, banana, algodão, cebola e café.

 

O município de São Desiderio perdeu a liderança do ranking nacional, registrada por dois anos consecutivos, para o município de Sorriso (MT), uma vez que o valor da produção local, estimado em cerca de R$ 1,6 bilhão, sofreu queda de 33,5% em relação ao ano anterior. Soja, algodão e milho foram as principais culturas do município, cuja área plantada alcançou uma extensão total de 546,1 mil hectares. O município responde ainda pelo maior valor de produção gerado pela atividade agrícola no Estado.  A maior participação está concentrada na cultura da soja, com 53,0% da produção local. Em seguida estão o algodão (28,7%) e o milho (13,7%).  O segundo mais bem posicionado foi Formosa do Rio Preto. A soja também é a cultura dominante neste município com participação de 74,2% no valor da produção local. A segunda lavoura mais importante é a do algodão (16,0%), seguida pelo milho (5,9%).

 

Em termos territoriais, observa-se a concentração da produção agrícola baiana, quando se verifica que cinco territórios de identidade (Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio Corrente, Chapada Diamantina, Extremo Sul e Litoral Sul) respondem por quase 64% do valor da produção do Estado. Essa constatação ainda se torna mais evidente no que diz respeito ao território da Bacia do Rio Grande, cuja participação foi de 30,1% de todo valor gerado no Estado.

 

As perspectivas para 2017 apontam para uma recuperação de lavouras importantes como soja, algodão, milho, feijão e café. O retorno de condições climáticas favoráveis em regiões produtoras do Estado permite visualizar o bom desempenho da agricultura, corroborado pelos resultados preliminares trimestrais do Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor agropecuário. A boa safra também contribui para que a oferta de alimentos deixe de pressionar os índices de preços, refletindo-se sobre o baixo crescimento da inflação, no período. De acordo com Marques, é preciso alentar para a situação emergencial em diversos municípios do semiárido baiano em razão da falta de chuvas. “O fenômeno atinge os pequenos e médios agricultores, tradicionalmente intensivos em mão de obra, assim como a agricultura de irrigação do Vale do São Francisco, devido aos baixos níveis de reservatórios”, explica o economista.

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