As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) apontam que o estado contabilizou um saldo negativo de 7.547 postos de trabalho com carteira assinada em novembro de 2016. Tal resultado expressa a diferença entre o total de 44.007 admissões e 51.554 desligamentos. O saldo registrado em novembro situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual mês do ano anterior (-6.004 postos), e inferior ao do mês de outubro de 2016 (-5.601 postos), sem incluir as declarações fora do prazo.
Setorialmente, seis segmentos exibiram saldos negativos na Bahia em novembro: Serviços (-3.314 postos), Agropecuária (-2.289 postos), Indústria de Transformação (-2.130 postos), Administração Pública (-1.344 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-265 postos) e Extrativa Mineral (-84 postos). Em contrapartida, dois setores absorveram trabalhadores celetistas: Comércio (+1.457 postos) e Construção Civil (+422 postos).
No acumulado dos últimos onze meses, seis setores de atividade registraram saldos negativos, destes, o pior desempenho foi o de Serviços (-21.541 postos), seguido por Comércio (-14.018 postos), Construção Civil (-13.450 postos), Indústria de Transformação (-3.352 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.207 postos) e Extrativa Mineral (-1.005 postos). Os setores que apresentaram saldos positivos foram: Agropecuária (+3.145 postos) e Administração Pública (+516 postos).
Análise regional – A Bahia (-7.547 postos) ocupou a 9ª posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados nordestinos e a 22ª posição no Brasil, em novembro de 2016. Na Região Nordestina, sete estados apresentaram saldos negativos. O estado com o menor saldo foi Bahia (-7.547 postos), seguida por Pernambuco (-3.232 postos), Maranhão (-1.748 postos), Rio Grande do Norte (-820 postos), Ceará (-665 postos), Paraíba (-347 postos) e Piauí (-41 postos). Duas unidades criaram posições de trabalho com carteira assinada, são elas: Alagoas (+284 postos) e Sergipe (+116 postos).
Acumulado do ano – No acumulado dos onze últimos meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -50.912 postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que o estado ocupasse a 24ª posição no país e a nona no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos com carteira assinada. A Bahia (-50.912 postos) foi seguida por Pernambuco (-34.077 postos), Ceará (-30.932 postos), Maranhão (-13.531 postos), Sergipe (-12.868 postos), Rio Grande do Norte (-12.502 postos), Piauí (-10.718 postos), Alagoas (-10.083 postos) e Paraíba (-7.888 postos). Todos os estados nordestinos totalizaram saldo negativo no acumulado de janeiro a novembro de 2016.
Análise RMS e Interior – Analisando-se os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado em novembro de 2016 constata-se que o resultado do emprego foi negativo na RMS e no interior. De forma mais precisa, na Região Metropolitana de Salvador foram fechados 2.032 postos de trabalho e o interior encerrou 5.515 posições celetistas.
Quanto ao saldo de emprego de janeiro a novembro de 2016, enfatiza-se que a RMS fechou 40.513 postos de trabalho celetista e o interior encerrou 10.399 postos de trabalho com carteira assinada.
Análise municipal – Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os menores saldos de empregos em novembro de 2016, ressaltam-se Juazeiro (-2.735 postos), Lauro de Freitas (-2.151 postos), Casa Nova (-1.142 postos) e Dias D´Ávila (-912 postos). Em contrapartida, Camaçari (+866 postos), Salvador (+424 postos) e Porto Seguro (+327 postos) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.