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SEI divulga PIB dos municípios para o ano de 2014

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A análise do conjunto dos municípios baianos, entre 2002 e 2014, evidencia o setor de serviços como o de maior participação no total da economia estadual (63,43%) em 2002 e (71,14%) em 2014, A indústria, setor de grande relevância do ponto de vista da geração de empregos e de encadeamentos, responde por 23,47%, em 2002, e 20,97% em 2014, seguido pela agropecuária, responsável por 13,10% em 2002 e 7,89% em 2014, de toda a riqueza produzida no estado. Foto: Alberto Coutinho

 

 

Em 2015, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou, em parceria como IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios baianos (2010-2013), tendo como base o ano de 2010. Nessa nova base adotaram-se procedimentos do sistema de Contas Nacionais e Regionais do Brasil, os quais tiveram como referência o SNA 2008 – System Nationial Accounts – e que modificaram e atualizaram a composição interna dos valores nominais do PIB Brasil e de todas as Unidades da Federação. Dessa forma, o novo vetor de peso das atividades econômicas refletiu diretamente na composição do PIB dos Municípios. A implementação da nova base de referência para o cálculo do PIB dos municípios baianos significou não apenas adoção de novos métodos, mas também o aprimoramento de antigos procedimentos.

O PIB dos Municípios é obtido a partir do rateio do valor adicionado bruto dos setores do PIB estadual entre os municípios tomando como base estruturas de atividades construídas para cada um dos municípios. A divulgação atual contempla tanto a série 2010-2013 – com revisão de alguns dados no valor do PIB dos municípios – quanto à retropolação de dados até o ano de 2002; ou seja, a partir desta divulgação, a SEI torna pública uma série do PIB municipal, contemplando um período de 13 anos com valores ajustados ao novo Sistema de Contas Nacionais.

A análise do conjunto dos municípios baianos, entre 2002 e 2014, evidencia o setor de serviços como o de maior participação no total da economia estadual (63,43%) em 2002 e (71,14%) em 2014, A indústria (Indústria de Transformação, Extrativa Mineral, Construção Civil e os Serviços Industriais de Utilidade Pública), setor de grande relevância do ponto de vista da geração de empregos e de encadeamentos, responde por 23,47%, em 2002, e 20,97% em 2014, seguido pela agropecuária, responsável por 13,10% em 2002 e 7,89% em 2014, de toda a riqueza produzida no estado. A queda de participação entre os setores da indústria e agropecuária é atribuída ao incremento significativo do setor de serviços.

 

As cinco maiores economias municipais, pela ótica do PIB, respondiam por 42,26% em 2002, passando para 43,42% em 2014 da atividade econômica estadual.

O município de Salvador é responsável por 25,29% do PIB baiano e se destaca sobretudo no setor de serviços, mas também na construção civil e indústria de alimentos. Em seguida está Camaçari, com 7,84% – com sua economia baseada na indústria de transformação, em especial nos segmentos químico e automotivo. Feira de Santana é responsável por 5,24% do PIB e tem se destacado pelas suas características de importante entreposto comercial, e entroncamento das principais rodovias federais e estaduais que cortam o estado, também abriga atividades industriais chamando atenção principalmente para o Distrito Industrial de Subaé. Lauro de Freitas vem em seguida, com 2,64% – Município que apresentou destaque nessa nova base, principalmente por conta da diversificação de atividades como financeiro, serviço de informação, comércio em geral, e turismo. E por fim, Vitória da Conquista, com 2,41%, município que tem referência regional nos setores de educação, saúde e principalmente no comércio, que atraem milhares de usuários e consumidores dos municípios vizinhos.

 

Ainda analisando a participação dos cinco maiores municípios na economia estadual, agora considerando os setores econômicos, observa-se o processo de concentração produtiva, à exceção da agropecuária, onde esses municípios, apesar de apresentarem ganho de participação nesse setor, representam menos de 1/3 do valor adicionado agropecuário. Essa mesma tendência é observada no setor da indústria, onde se tem crescimento de participação, sendo que, neste caso, essa participação ultrapassa os 50%. Finalmente, o setor de serviços apesar de registrar nível de concentração acima dos 50%, registrou queda dos cinco maiores entre 2002 e 2014, demonstrando um ligeiro processo de desconcentração dessa atividade ao longo dos anos.

 

 

 

ANÁLISE DOS SETORES

 

Agropecuária

O setor Agropecuário tem na região Oeste os seus representantes de maior expressão. Ela é uma das que mais cresce economicamente por conta, principalmente, da produção agroindustrial, com suporte no agronegócio em especial a produção de grãos (soja, algodão, milho e café).  Os cinco principais municípios agrícolas do Estado estão situados nessa região, onde concentra um dos mais promissores e modernos pólos agroindustriais do Estado. O setor mostrou crescimento na participação em 2014 comparado com 2002, por conta do desenvolvimento do agronegócio na região, colocando a agropecuária local em posição de destaque no Ranking Estadual.

Dentre os municípios mais representativos no setor destacam-se: São Desidério, que em 2014 manteve a primeira posição no ranking estadual da agropecuária, com participação de 10,88%; além disso, em termos nacionais, o município é o que possui o maior valor adicionado na agricultura; Formosa do Rio Preto, com 5,68%, apresentou um desempenho significativo, proporcionado pelo seu agronegócio.

Além dos municípios citados acima, destacam-se ainda de Barreiras, (4,0%), Correntina (3,7%), e por fim o município de Luis Eduardo Magalhães, com 3,48% de participação de VA da agropecuária do Estado. Este município, ao longo da série, perde posição na agropecuária, mas ganha posição no setor serviços por conta do agronegócio, que impulsionou o comércio, refletindo em ganho de posição em serviços.     

 

 

Indústria

O setor Industrial é o segundo de maior peso na economia do estado. É caracterizado pelo alto grau de concentração econômica. Cinco municípios, sendo a sua maioria pertencente à Região Metropolitana de Salvador (RMS), representavam 51,5% do valor adicionado do setor em 2014. Salvador, com 22,5%, registrou crescimento na participação por conta do avanço do segmento da construção civil. Já Camaçari é a segunda maior economia neste setor com participação de 16,1%, com destaque para o Pólo Petroquímico com diversas indústrias (químicas, automotiva, celulose, etc.), enquanto Feira de Santana, com 6,0%, registrou aumento na participação por conta dos segmentos de construção civil e indústria de transformação – onde se localiza o Centro Industrial de Subaé; Na sequência aparece Dias d’Ávila, com 3,6%  – o município tem a economia industrial fortemente influenciada pela indústria de transformação, representada pela metalurgia do cobre. O quinto e Lauro de Freitas com 3,4% tendo ganhado participação devido expansão na construção civil e indústria de transformação.

 

 

Serviços

 

No Setor Serviços observa-se que, em 2014, Salvador aparece como principal e mais importante município baiano na composição do valor adicionado do setor, com participação de 33,6 %, apesar de ter apresentado uma queda de participação entre 2002 e 2014. Essa expressiva concentração da atividade no município de Salvador é decorrente da presença de grandes empresas, associadas a este setor e que oferece desde segmentos de turismo, passando pelo comercio até atividades financeiras e Administração Pública.

Feira de Santana, com 6,3% foi o município que registrou maior e aumento de participação no período; continua com destaque na atividade comercial como segmento de maior importância econômica na estrutura produtiva municipal e a produção de serviços de apoio à atividade industrial. Camaçari 5,2% tem destaque, sobretudo, nos serviços relacionados à atividade industrial, além de serviços bancários e comércio.

Lauro de Freitas aparece com 3,1%, sua maior variação positiva quando comparado com 2002. Destaca-se principalmente por ser um município com vocação nos setores de serviço em geral, comércio e turismo. Já Vitória da Conquista registrou variação de 3,4%.

 

PIB Per Capita

Analisando-se as informações do PIB municipal 2002 e 2014 a partir do ranking do PIB per capita observa-se, entre os cincos primeiros colocados, o município de Cairú obteve crescimento destacado, em razão da produção de gás natural; em 2002 a renda per capita era de R$ 10.337 mil alcançando parar$ 102.138 mil em 2014. Na sequência dos maiores PIB’s per capita aparecem os municípios de: São Desidério R$ 19.014 em 2002 e R$ 78.114 em 2014; São Francisco do Conde – R$ 27.986 – em 2002 e – R$73.266 – em 2014; Camaçari – R$ 175.281 – em 2002 e – R$ 62.410 – em 2014.  E finalmente, Formosa do Rio Preto – R$ 19.097 em 2002 e – R$ 54.552– em 2014. 

 

 

PIB MUNICIPAL POR TERRITÓRIO DE IDENTIDADE

 

A nova regionalização adotada pelo Estado reagrupa os municípios segundo novos critérios e tipologias, reestruturando-os por Territórios de Identidade. Ela permite a visualização do nível de concentração das atividades econômicas dentro do Estado, no citado recorte. Nesse sentido, vê-se a elevada participação da Região Metropolitana de Salvador com uma representatividade superior a 41%, conforme se pode ver na Tabela 6. Já o Território Bacia do Paramirim é o que possui menor participação na estrutura do PIB estadual com apenas 0,43% do total de riquezas. Destacando os territórios Portal do Sertão que sai de 4,85% em 2002 para 7,1% em 2014 e Bacia do Rio Grande que sai de 4,36% em 2002 para 5,57% em 2014.

 

 

MUNICÍPIOS BAIANOS NA ECONOMIA NORDESTINA

Analisando os estados que abrangem o nordeste brasileiro, um total de 1794 municípios, observa-se que o conjunto dos vinte e cinco maiores municípios detém 50% da riqueza gerada na região. Dentre esses, cinco pertencem ao estado da Bahia. Por outro lado, as 287 menores economias representam apenas 1% da riqueza gerada na região, sendo que 10 estão situadas na Bahia.

Analisando os dados a partir do PIB Per Capita, entre os cinco maiores do Nordeste três estão no estado da Bahia, sendo que o município de Cairu aparece como destaque com o maior PIB per capita da região.  Já dentre os cinco menores PIB’s per capita da região nordeste, três são baianos.

No que concerne a Salvador, analisando sua posição em relação ao demais municípios do Nordeste, no período de 2002/2014, observa-se queda de participação entre os dez maiores comparando 2014 em relação a 2002; Salvador perde em participação, consequentemente posição no ranking, principalmente nas atividades de turismo, comercio e transportes. Dentre as 10 maiores economias da região, apenas Camaçari não é uma capital de estado, além de possuir PIB maior que duas capitais (João Pessoa e Aracaju).

Entre 2002 e 2014 observa-se uma ligeira desconcentração na atividade econômica da região. O conjunto do PIB das dez maiores economias, que representava 61,6% em 2002, alcança 63,3% em 2014.

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