As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apontam que o estado contabilizou um saldo negativo de 5.601 postos de trabalho com carteira assinada em outubro de 2016. O resultado expressa a diferença entre o total de 43.240 admissões e 48.841 desligamentos. O saldo registrado em outubro situou-se em um patamar superior ao contabilizado em igual mês do ano anterior (-10.409 postos), e inferior ao do mês de setembro de 2016 (-337 postos), incluindo as declarações fora do prazo.
Setorialmente, sete segmentos exibiram saldos negativos na Bahia em outubro: Serviços (-2.163 postos), Construção Civil (-1.136 postos), Comércio (-1.125 postos), Administração Pública (-711 postos), Agropecuária (-482 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-162 postos) e Extrativa Mineral (-101 postos). Em contrapartida, apenas o setor Indústria de Transformação (+279 postos) absorveu trabalhadores celetistas nesse mês.
No acumulado dos últimos dez meses, seis setores de atividade registraram saldos negativos, destes, o pior desempenho foi o de Serviços (-22.533 postos), seguido por Comércio (-15.747 postos), Construção Civil (-13.808 postos), Indústria de Transformação (-1.272 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-942 postos) e Extrativa Mineral (-921 postos). Os setores que apresentaram saldos positivos foram: Agropecuária (+5.515 postos) e Administração Pública (+1.879 postos).
Análise regional – A Bahia (-5.601 postos) ocupou a 9ª posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados nordestinos e a 23ª posição no Brasil, em outubro de 2016. Na Região Nordestina, sete estados apresentaram saldos negativos. O estado com o menor saldo foi a Bahia (-5.601 postos), seguido por Pernambuco (-3.549 postos), Ceará (-2.136 postos), Piauí (-1.797 postos), Paraíba (--850 postos), Rio Grande do Norte (-736 postos), e Maranhão (-410 postos). Duas unidades criaram posições de trabalho com carteira assinada: Alagoas (+5.832 postos) e Sergipe (+1.932 postos).
Acumulado do ano – No acumulado dos dez últimos meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -47.829 postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que o estado ocupasse a 24ª posição no país e a nona no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos com carteira assinada. A Bahia (-47.829 postos) foi seguida por Pernambuco (-34.247 postos), Ceará (-30.431 postos), Sergipe (-13.109 postos), Rio Grande do Norte (-11.790 postos), Piauí (-10.892 postos), Maranhão (-10.752 postos), Alagoas (-10.610 postos) e Paraíba (-7.567 postos). Todos os estados nordestinos totalizaram saldo negativo no acumulado de janeiro a outubro de 2016.
Análise RMS e Interior – Analisando-se os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado em outubro de 2016 constata-se que o resultado do emprego foi negativo tanto na RMS como no interior. De forma mais precisa, na Região Metropolitana de Salvador foram fechados 2.793 postos de trabalho e o interior fechou 2.808 posições celetistas.
Quanto ao saldo de emprego de janeiro a outubro de 2016, enfatiza-se que a RMS fechou 44.439 postos de trabalho celetista e o interior encerrou 3.390 postos de trabalho com carteira assinada.
Análise municipal – Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os menores saldos de empregos em outubro de 2016, ressaltam-se Salvador (-2.891 postos), Feira de Santana (-554 postos) e Juazeiro (-427 postos). Em contrapartida, Camaçari (+482 postos), Itabuna (+238 postos) e Morro do Chapéu (+178 postos) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.
Análise das admissões e dos desligamentos – Na Bahia, em outubro, o saldo total, ou seja, a diferença entre todas as admissões e desligamentos contabilizou -5.601. Porém, a subtração apenas dos desligamentos por demissões do somatório de todas as formas de admissões revela saldo de 9.451.