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Bahia apresenta avanços sociais nos últimos 10 anos, aponta SEI

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Redução de trabalho infantil e mais acesso a serviços básicos são principais avanços apontados pela Pesquisa nacional por Amostra de Domicílio

 

O IBGE divulgou hoje (25/11) resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2015. A partir dos dados da Bahia, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Seplan, analisou o comportamento de indicadores sociais dos últimos 10 anos.

 

“A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio é fundamental para entendermos as condições sociais do país. O que a PNAD confirma são os inúmeros avanços sociais alcançados nos últimos anos. Na Bahia, nos últimos 10 anos, constatamos aumento da escolaridade, aumento real da renda do trabalhador e sensíveis melhoras nas condições de habitação da população do estado”, afirmou Eliana Boaventura, diretora-geral da SEI.

População

A população baiana em 2015 foi estimada em 15,2 milhões de pessoas. Destas, 11,3 milhões residiam em área urbana e 3,9 milhões em área rural. Entre 2006 e 2015 observou-se uma diminuição da população que reside no meio rural, da ordem de 15,3% (325 mil pessoas a menos), ao passo que a população que reside no meio urbano cresceu 16,2% (um acréscimo de aproximadamente um milhão de pessoas no período). No Brasil, a população que reside no meio rural também se reduziu (em 2%), saindo de 32,1 milhões de pessoas em 2006 para 31,3 em 2015 (859 mil pessoas a menos).

A população autodeclarada preta ou parda na Bahia, entre 2006 e 2015 manteve sua participação relativa na população geral (79,1% e 79,% respectivamente), apesar de ter aumentado em valores absolutos (saiu de 11,4 milhões em 2006 para 12,1 milhões em 2015). Já na região Nordeste a participação relativa deste grupo aumentou no período, saindo de 70,4% (37 milhões de pessoas) para 73% (41,4 milhões de pessoas). O Brasil também apresenta a mesma tendência da Região (49,7% para 54%) correspondendo, em 2015, a um contingente de 110,5 milhões de pessoas.

Condições de Moradia

Entre 2006 e 2015, como resultado das políticas de acesso à energia elétrica, 1,8 milhões de pessoas passaram a contar com o serviço no estado da Bahia. Com este resultado o estado alcança, em 2015, a marca de 99,3% da população residente em domicílios com energia. O resultado mais expressivo se deu no meio rural onde, em 2006, 78% da população tinha acesso à energia e em 2015 atinge 97,4% dos residentes.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas passaram a contar com água por rede geral em suas residências entre 2006 e 2015 na Bahia. Observa-se que o meio urbano possui uma cobertura hídrica por rede geral bastante alta (97% no último ano) ao passo que no meio rural 51% das residências acessavam o serviço (em 2006 este percentual era de 34,4%). O avanço baiano no acesso a água por rede geral de abastecimento no meio rural situou o estado num patamar acima do Nordeste (42,8%) e ao do Brasil (35%).

Houve avanço também quanto ao esgotamento sanitário dos domicílios baianos no período, quando 3,4 milhões de pessoas passaram contar com forma de escoadouro do banheiro ou sanitário por rede geral ou fossa séptica (70,4% da população em 2015). Em termos relativos, a Bahia se encontra em patamar superior à região Nordeste (64,1%), sobretudo no meio urbano (84,3% na Bahia e 76,7% no Nordeste em 2015).

Mais pessoas passaram a contar com coleta de lixo (direta ou indireta) em seus domicílios, na Bahia entre 2006 e 2015 (dois milhões de pessoas). O percentual de pessoas que contam com o serviço em seus domicílios, em 2006 era 70,7% e passou para 80,3% no estado. Contudo, o meio rural, apesar de registrar um percentual acima da região Nordeste (24,8%) com 28,5% dos residentes no estado contando com o serviço, ainda está abaixo do Brasil (34%).

Educação - Taxa de analfabetismo no Bahia cai para 13,5%

Em 2015, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 13,5% (1,5 milhão de analfabetos), uma queda de 4,9 pontos percentuais em relação a 2006 (18,5% ou 1,9 milhão de analfabetos).  O Estado da Bahia apresentou percentuais superiores as de dezessete estados brasileiros, no entanto foi o que apresentou a menor taxa em 2015 dentre os estados do Nordeste, também foi o quinto, nessa Região, a apresentar a maior redução, passando de 18,4%, em 2006, para 13,5% em 2015.

A taxa de analfabetismo por situação censitária na Bahia reduziu mais intensamente na zona rural do que na urbana, assim, caiu 5,6 pontos percentuais entre os anos de 2006 (32,1%) e 2015 (26,5%), porém ainda supera em 2,8 vezes a urbana, que caiu 3,2 pontos percentuais, saindo de 12,4% em 2006 para 9,2% em 2015.

Na Bahia, a taxa de frequência bruta para população de 6 a 14 anos alcançou 98,3% em 2015. Em comparação a 2006 (96,9%) houve um crescimento de 1,4 ponto percentual, apresentando como destaque o crescimento de 2,0 pontos percentuais na zona rural, que saiu de 96,5%, em 2006, para 98,5%, em 2015, fazendo com que esta taxa supere inclusive a taxa da zona urbana, que avançou de 97,1%, em 2006, para 98,2% em 2015.

Rendimento aumenta em todas as categorias de emprego na Bahia

Todas as categorias do emprego registraram aumento no rendimento médio mensal real do trabalho principal na Bahia no período de 2006 a 2015. Os militares auferiram o maior ganho real nesse intervalo e os empregadores, o menor.

O rendimento médio mensal dos empregados com carteira de trabalho assinada foi de R$ 1.357 em 2015, aproximadamente 10,2% acima do auferido por essa categoria em 2006 (R$ 1.231). Os militares receberam, em média, R$ 3.280 em 2015, um aumento de 56,9% em relação ao obtido em 2006 (R$ 2.091). O trabalhador por conta própria obteve um aumento real de 31,7%, com seus ganhos médios reais saindo de R$ 656 para R$ 864.

Trabalho Infantil – Redução de 218% no número de crianças em situação de trabalho

Entre 2006 e 2015 houve uma redução de 111 mil no contingente de crianças em situação de trabalho. No primeiro ano de análise, 6,4% das crianças entre 5 e 13 anos encontravam-se em situação de trabalho ao passo que, em 2015, 2,3% estavam na mesma condição (redução de 111 mil pessoas).

Segundo Armando Castro, Diretor de pesquisas da SEI “a crise dos anos mais recentes não foi suficiente para frear os avanços sociais no estado. Constatamos grandes avanços como redução do trabalho infantil, ampliação do acesso a água, a esgotamento e a energia elétrica, especialmente na zona rural do estado”.

As tabelas de indicadores podem ser acessadas no site da SEI:

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