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Em setembro, comércio varejista baiano cai 12,0 %

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O comércio varejista na Bahia continua apresentando queda no volume de vendas. No mês de setembro, a taxa registrada foi negativa em 12,0% em relação a igual mês do ano passado, mantendo uma trajetória de queda verificada desde janeiro de 2015. A variação apresentada pelo estado continua seguindo a mesma tendência do varejo nacional que registrou a taxa negativa de 5,9%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, a taxa do comércio varejista no estado baiano foi positiva em 0,1%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional, e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

A manutenção da trajetória de queda do comércio varejista na Bahia continua sendo atribuída ao alto desemprego e a incerteza sobre os rumos da economia nos próximos meses, iniciada em 2015, apesar de uma suave melhora, sinalizada na taxa sazonal. Os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV)  mostram na Sondagem de expectativas  que o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) registrou queda de 1,7%, ao passo que para o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) segue  registrando crescimento, da ordem de 1,3 pontos, respectivamente, entre agosto e setembro. Nem mesmo a comemoração realizada pelas igrejas católicas de São Cosme e Damião foi suficiente para reverter a trajetória de queda do setor. Esse comportamento das vendas revela que o comércio varejista ainda não foi sensibilizado por essa melhora nos níveis de confiança, já que as condições financeiras mais rígidas dadas as altas taxas de juros, inflação elevada, restrição ao crédito, associado à retração no mercado de trabalho continuam influenciando o comportamento do setor.

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a setembro de 2015, revelam que, novamente, todos os oito segmentos que compõem o Indicador do Volume de Vendas registraram comportamento negativo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Móveis e eletrodomésticos (-19,8%); Combustíveis e lubrificantes (-18,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,2%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-14,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-11,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,9%); Tecidos, vestuário e calçados (-10,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,2%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registraram variação negativa o de móveis com 22,2%, o de eletrodomésticos com 18,6%, e Hipermercados e supermercados com 1,0%, respectivamente.

Quanto aos segmentos que mais influenciaram o comportamento negativo das vendas na Bahia, por ordem decrescente têm-se: Combustíveis e lubrificantes; Móveis e eletrodomésticos; Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.

Em setembro, a atividade de Combustíveis e lubrificantes voltar a exercer, na Bahia, o maior peso para a queda verificada nas vendas. Esse comportamento continua sendo atribuído ao menor ritmo da atividade econômica, ao  menor poder de compra da população, além da elevação dos preços dos combustíveis acima da inflação no acumulado dos últimos 12 meses, bem como a redução na compra de carros novos.

O segundo a contribuir negativamente para o comportamento das vendas na Bahia foi o segmento de Móveis e eletrodomésticos, sendo responsável pela segunda maior influência negativa na formação da taxa do varejo. Esse comportamento reflete não somente a queda na renda disponível, mas também a seletividade do crédito,  resultando no elevado custo de financiamento. Além do fim do ciclo da demanda reprimida pelo produto do segmento, evidenciado pelas consecutivas taxas negativas registradas desde janeiro de 2015.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista exerceu a terceira maior influência. A queda nesse mês é a décima sétima consecutiva. A elevação dos preços no grupo afeta negativamente a renda real, reduzindo o poder de compra da classe trabalhadora sobre os bens do segmento.

A quarta maior influencia foi exercida pelo segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. Esse comportamento revela que até mesmo a atividade que comercializa produtos de saúde também foi atingida pelo momento de recessão econômica.

 

Comércio varejista ampliado - O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou, em setembro, decréscimo nas vendas  de 13,1%  em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios foi de 12,5%.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 13,9%, em relação a igual mês do ano anterior. Esse ritmo de queda mais intenso se deve às incertezas sobre o cenário econômico, impactando na decisão dos consumidores em adquirirem bens de maior valor agregado. Em relação ao segmento Material de Construção, também se observa queda nas vendas no mês de setembro (-19,9%), quando comparado ao mesmo mês do ano de 2015. Esse comportamento também continua sendo justificado pelo menor ritmo da atividade econômica, menor oferta de crédito e comprometimento da renda familiar com as despesas correntes.

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