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Vendas no comércio varejista baiano retraem em junho

As vendas no comércio varejista baiano retraem 3,1% em junho de 2019, quando comparado a igual mês de ano anterior. No varejo nacional, a queda no volume de negócios foi de 0,3%, em relação à mesma base de comparação. Na análise sazonal, a taxa do comércio varejista no estado baiano registrou taxa negativa de 3,5%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional, e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

 

O resultado das vendas do varejo baiano em junho foi influenciado pelo efeito calendário em 2019, já que o mês de junho teve dois dias úteis a menos do que em 2018. Outro fator que explica o comportamento do comércio varejista é o baixo dinamismo da atividade econômica, associado à lenta recuperação do mercado de trabalho e o endividamento das famílias.

 

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a junho de 2018, revelam que apenas dois dos oito segmentos que compõem o Indicador do Volume de Vendas registraram comportamento positivo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Combustíveis e lubrificantes (9,0%); e Tecidos, vestuário e calçados (2,1%). Em todos os demais as variações foram negativas sendo listados na seguinte ordem: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-6,4%); Móveis e eletrodomésticos (-11,7%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-30,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-58,7%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registraram variações negativas, Móveis (-10,3%); Eletrodomésticos (-12,7%); e Hipermercados e supermercado (-3,4%).

 

Em junho, a mais importante influência positiva veio do segmento Combustíveis e lubrificantes. Em contrapartida o comportamento dos segmentos de Móveis e eletrodomésticos e Outros artigos de uso pessoal e doméstico foram decisivos para determinar a retração do volume de vendas do setor nesse mês.

 

A contribuição de maior peso para o setor nesse mês veio de Combustíveis e lubrificantes. Esse comportamento se deve à redução nos preços dos combustíveis. Entretanto essa não é a única razão, esse resultado também foi influenciado pela baixa base de comparação, queda de -21,6% em junho de 2018, devido aos efeitos do desabastecimento provenientes da paralisação da greve dos caminhoneiros. Além do que nesse período em razão da tradicional comemoração do São João no Nordeste, há um intenso número de baianos que deixaram a capital para comemorem os festejos juninos no interior do Estado, aproveitando o longo feriado.

 

Quanto à influência negativa os principais efeitos vieram dos segmentos de Móveis e eletrodomésticos e Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Os movimentos das vendas nesses ramos podem ser atribuídos a conjuntura econômica vivenciada pelo país. No caso do primeiro segmento, de acordo com Isabella Nunes, gerente da pesquisa de comércio do IBGE às famílias não estão querendo comprometer seu orçamento com prestações provenientes a aquisição de bens duráveis como móveis e eletrodomésticos. Quanto ao segundo ramo que englobando diversos segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., comercializam, principalmente, produtos de menor valor agregado, verifica-se que nem mesmo a comemoração do Dia dos Namorados nesse mês animou os consumidores, diante do endividamento das famílias e das perspectivas pessimistas para os próximos meses.

 

Em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior representatividade para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista o resultado das vendas também foi negativo. Esse movimento significa que as pessoas optaram por adquirir produtos no varejo atacadista, em mercadinho de bairros, bem como nesse período nos mercadinhos do interior que não são captados pela pesquisa.

 

COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO – O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração nas vendas de 4,8%, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação ficou estável em 0,6%.

 

O segmento de Veículos, motos, partes e peças retraíram suas vendas em 7,5% em relação à igual mês do ano anterior. A variação negativa no volume de vendas da atividade reflete a pessimismo do consumidor quanto à atividade econômica. Ainda que segundo Isabella Nunes o mercado de trabalho tenha mostrado aumento de população ocupada, pois essa dinâmica ocorreu para o emprego informal, que possui um rendimento mais baixo, além da falta de incentivos, crédito seletivo e da incerteza sobre o rumo da atividade econômica nos próximos meses. Nos últimos 12 meses, a queda no volume de negócios foi de 1,9%.

 

Em relação ao segmento Material de Construção, as vendas no mês de junho foram negativas em 10,1%, comparado ao mesmo mês do ano de 2018. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas caíram 4,5%. O comportamento das vendas nessa atividade também é influenciado pela lenta retomada de crescimento da atividade econômica que adia as reformas e construções residenciais. 

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