• SEIColab (2)
  • SEIGEO (2)
  • Infovis (2)

A recuperação da economia baiana no segundo trimestre já começa a refletir em alguns indicadores do terceiro trimestre

Com base nos dados das pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao segundo trimestre e consolidando o primeiro semestre de 2021, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), os resultados mostraram uma recuperação no comércio varejista e serviços, diante do arrefecimento dos casos de Covid-19, e a consequente flexibilização das atividades econômicas ligadas aos dois setores, enquanto que a indústria geral (extrativa e transformação) sofre os efeitos negativos do fechamento da indústria automotiva e da venda da refinaria Refinaria Landulpho Alves (Rlam). A safra de grãos mais uma vez tem a expectativa de bater novo recorde, o segundo consecutivo.

A indústria geral apresentou resultados negativos no segundo trimestre e no primeiro semestre, com quedas de 11,8% e 15,0%, respectivamente. Em relação ao trimestre anterior, a indústria geral registrou retração de 18,0%, segunda queda seguida dessa base de recuperação.

As vendas no comércio varejista, diante do processo gradual de flexibilização das atividades do setor voltaram a crescer a partir de abril, registrando três meses sucessivos de expansão. O crescimento do segundo trimestre na comparação interanual foi de 9,2%, embora a base de comparação esteja muito baixa devido à pandemia. No semestre, a taxa foi positiva em 10,6%, sendo o maior crescimento de vendas já registrado para o estado num primeiro semestre em 11 anos, desde 2010. O ritmo de recuperação do setor fica evidente quando se compra o segundo trimestre com o anterior com crescimento de 11,9%, ante uma queda de 10,0% no primeiro trimestre.

O setor de serviços, o mais afetado pelas medidas adotadas para controlar a disseminação do coronavírus, a partir de abril voltou a recuperar as perdas com a flexibilização das atividades do setor, crescendo nos três meses do segundo trimestre. Essas medidas afetaram positivamente o resultado do setor no segundo trimestre em relação ao segundo do ano passado com taxa de crescimento de 28,3%. Já no primeiro semestre a taxa foi mais modesta 6,5%, após resultado negativo no primeiro trimestre. A recuperação do setor é ratificada também quando se compara o segundo trimestre com o primeiro de 2021 que aumentou 9,2%.

O movimento de alta das exportações em 2021 vem sendo ditado pela retomada da atividade econômica no mundo, com países iniciando uma saída paulatina da pandemia do coronavírus. Além da continuidade de crescimento das vendas para a China (40,5%), as exportações tiveram impulso de regiões que haviam reduzido as compras de produtos baianos durante a fase aguda da crise sanitária em 2020 e que agora voltaram a comprar mais, como Estados Unidos (36,3%), União Europeia (25,6%) e Argentina (30,8%). No acumulado do primeiro semestre, as exportações baianas somaram US$ 4,41 bilhões, 20% acima de igual período de 2020.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu décimo primeiro levantamento, a produção de grãos na Bahia na safra 2020/2021 será de 10,4 milhões toneladas, o que representa uma alta de 3,2% em relação ao ciclo 2019/2020. O ciclo atual terá o melhor desempenho da safra de grãos da série histórica da instituição.

As perspectivas para os próximos meses ainda são de uma recuperação da atividade econômica, embora em ritmo mais modesto, devido às incertezas políticas, o aumento dos juros, inflação elevada, risco hídrico e o elevado desemprego, associado a taxa modesta da população totalmente vacinada, bem como a ameaça da variante delta, muito mais contagiosa, se espalhar pelo Brasil. Pela base de comparação deprimida, o PIB do segundo trimestre em relação a 2020 deve registrar uma boa recuperação que não será mais forte pelo desempenho negativo da indústria.

A recuperação da economia baiana no segundo trimestre já começa a refletir em alguns indicadores do terceiro trimestre, como o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), índice que avalia as expectativas do setor produtivo do estado, calculado pela SEI, marcou 101 pontos em julho. Aliás, trata-se do maior patamar de confiança desde o mês de março de 2020. Em relação a junho, o indicador cresceu (-210 pontos) e no mesmo mês do ano passado (-347 pontos). 

O governo federal arrecadou R$ 38,8 milhões com os leilões de três áreas portuárias nos portos de Santana (AP), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) dia 13 deste mês. Os três terminais vão receber R$ 106 milhões em investimentos privados. Uma área do Porto de Salvador, por sua vez, foi arrendado por R$ 32 milhões para a Intermarítima por 10 anos. O espaço destinado à movimentação de carga geral, projeto ou conteinerização, também recebeu lances da Martins Medeiros e da Wilson Sons.

Os detalhamentos dos setores, destacando alguns fatores que podem afetar as atividades de cada um, podem ser acessados no boletim completo no site da SEI clicando aqui!

 

 

 

Free Joomla! templates by Engine Templates