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Exportações baianas registram redução de 14,4% em setembro

Pelo quarto mês consecutivo, as exportações baianas acusaram queda em relação a igual período de 2018. Em setembro, elas atingiram US$ 681,1 milhões, com um recuo de 14,4%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

A desaceleração da economia global e a crise da Argentina vêm afetando o desempenho das exportações baianas, que já resultaram em uma redução de 7,4% nas receitas no acumulado até setembro; de 5% na quantidade total embarcada e de 2,6% nos preços médios, comparados a igual período do ano passado. A desaceleração é tão generalizada que a Organização Mundial do Comércio (OMC) agora prevê uma expansão do comércio global de mercadorias (em volume) de apenas 1,2% neste ano, menos da metade dos 2,6% estimados em abril e bem abaixo do resultado de 3% de 2018.

A maior responsabilidade pela deterioração das expectativas é o acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que já teve seis rodadas de aumentos de tarifas no comércio bilateral, aumentando a incerteza e afetando as decisões de investimento das empresas. O efeito é a perda de gás da atividade econômica global, com impacto sobre a demanda externa por mercadorias e serviços.

No mês passado, houve queda de 77,1% nas exportações do setor automotivo, de 55,7% de produtos petroquímicos, de 36,8% na de papel e celulose e de 4,6% de produtos metalúrgicos, dentre os mais importantes da pauta.

Na contra mão da tendência, os principais destaques positivos foram as vendas de derivados de petróleo, com crescimento de 149,1%, e as do agronegócio, que também subiram 22,8% em relação a igual mês de 2018, puxados pelo aumento dos embarques de soja (+81,8%) e algodão (+31,7%).

Como resultado da perda de força da atividade econômica interna e da postergação de investimentos pelas empresas, as importações recuaram mais ainda que as exportações, registrando queda de 23,5% comparados aos valores de setembro de 2018, alcançando US$ 546 milhões.

No mês de setembro, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-35,9%), de bens intermediários (-31%) e de bens de consumo (-48,6%). A exceção foram os bens de capital, que cresceram 46%, embora influenciados pela compra de aeronaves. No ano, as importações somam US$ 5,27 bilhões, com redução de 8% comparado a igual período do ano passado.

 

Fonte: Ascom da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

 

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