A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou hoje as informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, que mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador permaneceu estável, ao passar de 23,7% para 23,8% da População Economicamente Ativa (PEA), entre outubro e novembro de 2017. Segundo suas componentes, também houve relativa estabilidade das taxas de desemprego aberto e oculto, que passaram de 16,7% para 16,8% e de 6,9% para 7,0%, respectivamente. A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.
O contingente de desempregados foi estimado em 464 mil pessoas (mais 6 mil, em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu da elevação da PEA (0,7%, ou o ingresso de 14 mil pessoas na força de trabalho da região) em número pouco superior ao acréscimo do nível de ocupação (0,5%, ou geração de 8 mil postos de trabalho). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou de 57,2%, em outubro, para 57,5%, em novembro.
No mês de novembro, o contingente de ocupados elevou-se em 0,5%, sendo estimado em 1.484 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve acréscimo na Indústria de transformação (0,9% ou 1 mil), no Comércio e reparação de veículos (0,7% ou 2 mil) e nos Serviços (0,5% ou 5 mil), enquanto declinou o contingente na Construção (-2,5% ou -3 mil).
Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados elevou-se (0,6% ou 6 mil), devido ao aumento no setor público (4,5% ou 6 mil), já que o setor privado permaneceu estável. No setor privado, houve retração no número de empregados com carteira de trabalho assinada (-0,7% ou -5 mil) e aumento no daqueles sem registro em carteira (5,6% ou 5 mil). Houve, ainda, aumento no número de empregados domésticos (3,6% ou 4 mil) e de trabalhadores autônomos (1,2% ou 4 mil), enquanto diminuiu o contingente no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (-6,3% ou -6 mil).
Entre setembro e outubro de 2017, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados (-3,5%) e dos assalariados (-1,6%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.434 e R$ 1.518, respectivamente.
A massa de rendimentos reais retraiu-se entre os ocupados (-3,2%) e os assalariados (-3,4%). No caso dos ocupados, este comportamento derivou do decréscimo do rendimento médio real, uma vez que o nível de ocupação oscilou positivamente; já, entre os assalariados, deveu-se às reduções equivalentes do emprego e do salário médio real.
Comportamento em 12 meses - Entre os meses de novembro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS declinou, ao passar de 25,1% para 23,8% da PEA. Esse resultado decorreu de reduções das taxas de desemprego aberto (de 17,6% para 16,8%) e oculto (de 7,5% para 7,0%).
O contingente de desempregados diminuiu em 24 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento do nível de ocupação (1,9% ou mais 28 mil postos de trabalho), já que a População Economicamente Ativa ? PEA ficou relativamente estável (0,2% ou mais 4 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação diminuiu de 58,5% para 57,5%.
Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 1,9%, ao passar de 1.456 mil para 1.484 mil pessoas. Setorialmente, houve acréscimo no contingente ocupado em todos os setores: na Indústria de transformação (3,7% ou 4 mil), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3,6% ou 10 mil), nos Serviços (1,7% ou 16 mil) e, em menor intensidade, na Construção (0,9% ou 1 mil).
Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, diminuiu o emprego assalariado (-4,8% ou -47 mil), devido ao decréscimo no setor privado (-6,3% ou -54 mil), já que no setor público houve crescimento (6,1% ou 8 mil). No setor privado, reduziu-se o número de assalariados com carteira assinada (-6,1% ou -46 mil) e sem carteira (-7,8% ou -8 mil). Houve aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (29,0% ou 20 mil) e no contingente de trabalhadores autônomos (21,6% ou 61 mil) e retraiu-se o número de empregados domésticos (-4,9% ou -6 mil).
Entre outubro de 2016 e 2017, o rendimento médio real oscilou positivamente para os ocupados (0,3%) e os assalariados (0,6%). Nesse período, houve aumento na massa de rendimentos reais dos ocupados (1,9%) e redução na dos assalariados (-6,0%). No caso dos ocupados, o resultado deveu-se ao acréscimo no nível de ocupação, já que o rendimento médio real pouco variou. Em relação aos assalariados, o resultado decorreu da retração no nível de emprego, uma vez que o salário médio real variou positivamente.