Crédito: Carlos Casais
Em março de 2019, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, recuou 10,1% frente ao mês imediatamente anterior, após crescer 2,4% em fevereiro de 2019. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 6,6%. No acumulado do ano, a indústria registrou queda de 3,5%, em relação ao mesmo período anterior. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou decréscimo de 0,3% frente ao mesmo período do ano anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, analisadas em âmbito estadual pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.
No confronto de março de 2019 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 6,6%, com oito das 12 atividades pesquisadas assinalando queda da produção. O setor de Veículos (-32,6%) apresentou a principal contribuição negativa no período, explicada, especialmente, pela menor fabricação de automóveis, painéis para instrumentos e bancos de metal. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (-8,1%), Alimentos (-7,7%), Produtos químicos (-4,6%), Borracha e material plástico (-9,3%), Couro, artigos para viagem e calçados (-9,1%), Celulose, papel e produtos de papel (-1,3%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros (-43,8%). A principal contribuição positiva foi em Metalurgia (49,8%), influenciada, principalmente, pela maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre. Outros setores que apresentaram resultados positivos foram: Minerais não metálicos (8,9%), Bebidas (16,5%) e Extrativa mineral (4,0%).
No acumulado do primeiro trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 3,5%. Sete dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Celulose, papel e produtos de papel que registrou queda de 16,4%, impulsionado, em grande parte, pela menor fabricação de pasta química de madeira; e, em decorrência de parada para manutenção por duas indústrias do setor no período. Importante ressaltar, também, os resultados negativos assinalados por Produtos químicos (-8,6%), Derivados de petróleo (-5,7%) e Veículos (-8,4%). Positivamente, destacou-se o segmento Metalurgia (17,8%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre. Vale citar ainda, o crescimento em Produtos de minerais não-metálicos (25,9%), Bebidas (13,7%), Extrativa mineral (3,9%) e Borracha e material plástico (1,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de -0,3%. Seis dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Produtos químicos, que teve queda de 5,7%. Importante ressaltar também os resultados negativos assinalados por Celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), Couro, artigos para viagem e calçados (-7,0%), Alimentos (-1,2%) e Produtos de borracha e de material plástico (-1,0%). Positivamente, destacaram-se Metalurgia (10,7%) e Derivados de petróleo (1,4%).
COMPARATIVO REGIONAL - A queda no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de -6,1%, na comparação entre março de 2019 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%) e Amazonas (-10,8%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (3,4%), Santa Catarina (3,0%) e Paraná (2,4%) assinalaram taxas positivas nesse mês.
No acumulado do primeiro trimestre, nove dos 14 locais pesquisados registraram taxa negativa, com destaque para as quedas mais acentuadas em Espírito Santo (-8,5%), Amazonas (-5,1%), Mato Grosso (-5,0%) e Bahia (-3,5%). Por sua vez, Paraná (7,8%) registrou o maior avanço no período.
ANÁLISE TRIMESTRAL - No primeiro trimestre de 2019, comparado com o mesmo período do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 3,5% após aumento de 2,6% no quarto trimestre de 2018. Destacam-se os avanços dos setores de Metalurgia, que passou de 12,3% para 17,8%; Minerais não metálicos, de 8,4% para 25,9%; e, Bebidas, de 6,5% para 13,7%.