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Crédito: Heckel Junior/ SeagriBA

 

De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o Produto Interno Bruto (PIB) baiano registrou leve retração de 0,1%, na comparação do quarto trimestre de 2018 com igual período de 2017 e encerra o ano de 2018 com crescimento de 1,1%. Considerando-se a série com ajuste sazonal (4º trimestre de 2018 em comparação com o 3º trimestre de 2018), o resultado foi de -1,4%. 

Quando comparado ao de igual período do ano anterior, o PIB da Bahia apresentou queda de 0,1% no quarto trimestre de 2018. A retração verificada no último trimestre do ano deve-se ao setor agropecuário, o qual caiu 10,7%. A taxa positiva ficou por conta dos setores da Indústria e dos Serviços com alta de 1,9% e 0,3%, respectivamente.

Acumulado no ano de 2018 - No acumulado do ano a economia baiana expandiu 1,1% devido ao bom desempenho dos setores da agropecuária e dos serviços. O Valor Adicionado a preços básicos (VA) e o Imposto sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,1%. O resultado positivo no ano de 2018 é consequência da recuperação dos setores da agropecuária (12,5%) e de serviços (0,9%). No caso do setor de serviços essa alta deve-se a expansão em volume do comércio (1,4%); das atividades Imobiliárias (1,2%) e da Administração Pública (1,0%). O setor industrial caiu 0,2% devido às quedas registradas na transformação (-0,4%); na extrativa (-4,7%); e na construção civil (-3,7%).

A expansão verificada no ano do VA do setor agropecuário do estado (12,5%) contribuiu de forma positiva para o crescimento do PIB baiano em 2018. Um dos fatores foi à recuperação da safra baiana, principalmente dos grãos produzidos na região Oeste do estado.

A Indústria registrou queda em três das quatro atividades que compõem o setor. O fraco desempenho dessas atividades refletiu no VA da indústria com queda de 0,2%. As maiores retrações foram observadas na Extrativa (-4,7%) e na Construção (-3,7%), atividade esta que ainda sente os efeitos macroeconômicos da economia nacional, além da retração de 0,4% na indústria de transformação. A alta ficou por conta da atividade de Eletricidade e água (+10,2%).

O setor de Serviços – setor com maior peso na economia (70,0%) – registrou alta de 0,9%, onde as maiores variações positivas foram observadas nos segmentos de comércio (1,4%), atividades imobiliárias (1,2%) e na administração pública (1,0%), atividade que contribuiu positivamente para o melhor desempenho do setor, o qual tinha registrado queda de 0,6% em 2017.

Crédito: Paula Fróes/ GOVBA

 

De acordo com dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador, executada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no segmento da população feminina, pelo segundo ano consecutivo, o número de postos de trabalho aumentou para as mulheres da RMS. Todavia a População Economicamente Ativa (PEA) aumentou entre elas com maior intensidade. Com isso, o contingente e a taxa de desemprego de mulheres cresceram, com o primeiro chegando ao maior patamar anual da série histórica, iniciada em 1997, e a segunda alcançando o maior percentual, desde 2003.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

Aumenta a taxa de desemprego das mulheres em 2018 - Pelo segundo ano consecutivo, o número de pessoas trabalhando na Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou acréscimo. Em 2018 houve aumento de 2,0% ou de 29 mil pessoas. Por outro lado, a População Economicamente Ativa elevou-se em 81 mil pessoas, o que acresceu em 52 mil pessoas o contingente de desempregados. Com esses movimentos, a taxa de desemprego total na RMS aumentou para 25,7%. O crescimento da ocupação beneficiou mais os homens (mais 19 mil postos) que as mulheres (10 mil), ainda que o número de homens (mais 39 mil) na força de trabalho tenha aumentado menos que o de mulheres (mais 42 mil), o que denota maiores dificuldades encontradas por elas em acessar postos de trabalho.

O aumento da PEA em intensidade superior ao acréscimo da ocupação fez com que o contingente de mulheres desempregadas se elevasse (13,0% ou 32 mil pessoas). Entre os homens o contingente de desempregados também se elevou, contudo, em menor proporção (9,0% ou 20 mil pessoas). Entre as mulheres, elevaram-se as proporções de pessoas desempregadas na faixa etária de 25 a 39 anos, negras e que ocupam a posição de cônjuge no domicílio. Esses movimentos representaram pequenas mudanças na distribuição de homens e de mulheres no mercado de trabalho, aumentando relativamente a desigualdade entre suas inserções. A sobrerrepresentação das mulheres entre os desempregados, sempre significativa, cresceu pelo segundo ano seguido, passando de 52,7% para 53,6% entre 2017 e 2018. Houve leve redução na proporção de mulheres na população ocupada – de 46,6% para 46,3%; e também pequena elevação na sua participação no mercado de trabalho, que passou de 48,0% para 48,2%.

O aumento no número de mulheres no mercado de trabalho em 2018 implicou em crescimento na sua taxa de participação (1,3 p.p) – indicador que estabelece a proporção de pessoas com dez anos de idade ou mais presentes no mercado de trabalho, como ocupadas ou desempregadas. A taxa participação dos homens, que historicamente é bastante superior, cresceu em menor proporção. Enquanto a participação feminina passou de 50,7% da População em Idade Ativa (PIA), em 2017, para, 52,0% em 2018, a dos homens aumentou de 66,1% para 67,2%, no mesmo período.

O crescimento da PEA feminina em proporção superior ao aumento do número de postos de trabalho fez aumentar sua taxa de desemprego, mesmo movimento observado entre os homens, porém, com menor intensidade. No ano de 2018, a taxa de desemprego feminina aumentou de 26,4% para 28,6%, enquanto a masculina aumentou de 21,9% para 23,0%.

 

Ocupação feminina cresceu pelo segundo ano - No ano de 2018 houve geração de 10 mil postos de trabalho para as mulheres, com impacto positivo sobre as mulheres mais velhas, com idade acima dos 50 anos de idade, e, em termos de escolaridade, com elevação nos níveis extremos, entre aquelas que não concluíram o ensino fundamental e aquelas com nível superior. Em termos setoriais, esse resultado derivou de aumento no número de postos de trabalho nos Serviços (2,5%) e, em menor proporção, no setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (0,8%). Para as mulheres, o declínio no número de ocupados ocorreu na Indústria de transformação, onde sua presença já é escassa (-14,3%).

O comportamento da ocupação feminina pouco modificou a sua estrutura ocupacional setorial entre os anos de 2017 e 2018. Verificou-se que a participação já pequena da Indústria de transformação, diminuiu ainda mais. De modo contrário, a importância do setor de Serviços, que era bastante considerável, elevou-se. E o Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas praticamente manteve a sua representação na estrutura ocupacional das mulheres.

Em relação às formas de inserção no mercado de trabalho, o acréscimo no nível ocupacional feminino derivou de aumentos verificados no trabalho assalariado no Setor privado sem carteira de trabalho assinada (25,5%); no trabalho Doméstico diarista (19,3%); na ocupação no agregado Demais posições, que inclui empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (10,3%); e no trabalho Autônomo (6,0%). Por outro lado, houve declínio do nível ocupacional feminino no assalariamento no Setor privado com carteira assinada (-3,3%), no Setor público (-1,3%) e no trabalho Doméstico mensalista (-7,0%). Com os movimentos observados no ano de 2018, elevou o número de mulheres em posições mais precárias, como o trabalho Autônomo, o assalariamento Sem carteira assinada e a ocupação no agregado Demais posições. Por outro lado, houve redução no número de mulheres inseridas em posições consideradas mais qualificadas que, de modo geral, auferem melhores rendimentos e apresentam maiores garantias trabalhistas e sociais, como o emprego assalariado no setor Privado com carteira assinada e o no setor Público. Com isso, para citar as mudanças mais significativas, o trabalho com Carteira assinada diminuiu a sua importância na estrutura ocupacional das mulheres, de 44,3% para 42,2%. Por outro lado, o trabalho Assalariado sem carteira assinada, o trabalho Autônomo e a inserção nas Demais posições ocupacionais elevaram as suas representações de 6,3% para 7,8%, de 16,9% para 17,7% e de 5,8% para 6,1%, respectivamente.

 

Rendimento médio real diminuiu mais para as mulheres que para os homens - No período 2017-2018, o rendimento médio real no trabalho principal diminuiu para as mulheres ocupadas (-4,2%) e, em menor medida, para os homens (-2,8%). O valor recebido pelas mulheres passou de R$ 1.391 para R$ 1.333 e o dos homens, de R$ 1.662 para R$ 1.616.

Em 2018, o rendimento médio real por hora recebido pelas mulheres foi de R$ 8,20, valor inferior ao auferido em 2017, R$ 8,33. No mesmo período, o rendimento/hora dos homens teve leve retração de R$ 9,03 para R$ 8,99. No histórico da desigualdade de rendimentos entre os sexos, a distância entre os vencimentos das mulheres em relação aos dos homens aumentou, depois de diminuir por quatro anos consecutivos, passando de 92,2% em 2017 para 91,2% em 2018. A elevação na desigualdade de rendimentos entre mulheres e homens se deu pelo declínio mais intenso no rendimento feminino.

Em relação à posição na ocupação, a maior desigualdade de rendimentos mensais, em 2018, foi observada entre os Autônomos, com as mulheres recebendo apenas 59,8% do rendimento masculino. Por outro lado, a proporção auferida pelas mulheres em relação aos homens é menos desigual no assalariamento, cujo rendimento feminino, em 2018, correspondeu a 96,1%. Entre os assalariados, há menor desigualdade no Setor privado com carteira de trabalho assinada (as mulheres receberam 93,9% do rendimento dos homens) que no Setor público (88,8%), e a maior diferença foi entre os assalariados no Setor privado sem carteira assinada (86,2%).

Entre 2017 e 2018, o diferencial de rendimentos entre homens e de mulheres aumentou no trabalho Autônomo (de 64,9% para 59,8%), enquanto diminuiu em todas as inserções assalariadas: assalariamento no setor privado com carteira de trabalho assinada (de 89,8% para 93,9%), assalariamento do setor privado sem carteira de trabalho assinada (83,7% para 86,2%) e no Setor público (de 84,2% para 88,8%). Em relação aos setores de atividade econômica, a desigualdade foi maior no setor de Serviços (94,7%) e menor no Comércio (97,2%), não sendo possível observar essa informação para a Indústria de transformação por insuficiência de amostra. A redução da distância entre os rendimentos de homens e mulheres, tanto no setor Público quanto no Privado, foram devidas às maiores retrações ocorridas nos rendimentos masculinos frente aos rendimentos femininos.

 

 

Em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o pais asiático avançou ainda mais sua fatia nas exportações baianas de 26,4% em 2017 para 32,8% em 2018, seguido pela UE com participação de 18,4%, os EUA com 11,2% e o Mercosul com 10,3%.  A exportação para os chineses somou US$ 2,9 bilhões no ano passado, com crescimento de 35,3% na comparação com o ano anterior, numa variação bem acima dos 9,1% de alta nos embarques totais da Bahia. Já para a UE, EUA e Mercosul as vendas recuaram 6,2%, 8,7% e 14% respectivamente.

Com o crescimento de exportações rumo à maior economia asiática, os básicos avançaram na exportação total baiana em 2018 e fecharam o ano representando um terço dos embarques. A fatia dos básicos subiu de 29,8% em 2017 para 33% em 2018. As exportações desse tipo de produto somaram US$ 2,91 bilhões no ano passado com crescimento de 21%. Contudo, a liderança da pauta continuou com os produtos manufaturados com 38,3% de participação, mas com um crescimento de apenas 0,8% sobre 2017, reflexo da recessão na Argentina que reduziu as exportações do setor automotivo em 12,6%.

O excepcional ano para a soja refletiu-se nas exportações do agronegócio que continuou a ser o destaque principal da pauta baiana em 2018.  As vendas do agronegócio baiano subiram 16,7%, para US$ 4,48 bilhões, com destaque para soja, celulose e algodão. O setor fechou o ano representando 50,9% do total das vendas externas do estado, batendo seu recorde histórico.

A China como grande compradora de matérias primas é a principal responsável pelo avanço do agronegócio e dos produtos básicos na pauta baiana. O país respondeu em 2018 por 74,3% das compras de soja; 58,6% das de celulose; 42,6% de cobre; 36,4% de algodão dentre os mais importantes.

Apesar das incertezas oriundas da guerra comercial com os EUA a China, continua crescendo em um ritmo forte, e em 2019 pode compensar parte da desaceleração prevista para os EUA. Tudo depende do resultado da trégua de 90 dias anunciada no início de dezembro entre americanos e chineses e da evolução da economia mundial, ameaçada por nova desaceleração.

Em 2018 o Fórum Baiano De Economia Aplicada chegará a sua sétima edição com o tema “Avaliação de Políticas Públicas: Lições e Instrumentos”. Este tema, que tem sido pauta das diversas esferas da administração pública e da academia, será debatido em sessões temáticas, congregando profissionais de diversas esferas e com diferentes olhares sobre o problema proposto. O evento contará com apresentações de Eduardo Rios Neto (Universidade Federal de Minas Gerais) e de Daniel Cerqueira (Doutor em Economia e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O VII Fórum Baiano de Economia Aplicada acontecerá entre os dias 04 e 08 de junho de 2018 e fomenta o debate entre pesquisadores, formuladores de políticas públicas, tomadores de decisão e agentes privados para uma melhor compreensão dos desafios e oportunidades para as decisões de investimento público e privado no Estado da Bahia.

O Fórum Baiano de Economia Aplicada é um evento anual organizado pelo Grupo de Pesquisas em Economia Aplicada e Programa de Pós-Graduação em Economia da UFBA, em parceria com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O Fórum será realizado em parceria com o Núcleo Bahia da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA) no âmbito das atividades da Semana de la Evaluación en América Latina y el Caribe, na cidade de Salvador, entre os dias 5 e 8 de Junho de 2017. Mais informações: http://forumbaiano.sei.ba.gov.br

 

Inscrições abertas para cursos do evento - Integrando a programação do VII Fórum Baiano de Economia Aplicada, estão abertas as inscrições para os minicursos do evento: Introdução a Ciência de Dados e Introdução a Avaliação de Políticas Públicas. As atividades serão realizadas nos dias 05 e 06 de junho, na Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia. Com o tema “Avaliação de Políticas Públicas: Lições e Instrumentos”, os dois minicursos são gratuitos. As inscrições podem ser realizadas no site do evento.

Unpublished

 

 

A décima quarta edição do Encontro de Economia Baiana seleciona artigos e trabalhos para apresentação no evento. Interessados devem submeter seu artigo para seleção enviando-o para This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it. até o dia 03 de julho. Os artigos devem estar em formato padrão no processador de textos Microsoft Word e precisa conter o máximo de 25 páginas e mínimo de 10 páginas (incluindo folha de rosto, bibliografia e apêndices).

Abordando o tema Infraestrutura & Desenvolvimento, o evento reunirá pesquisadores, estudantes e profissionais da Economia de todo o país para debater sobre a construção de uma visão de futuro para a Bahia, identificando os desafios e soluções para o desenvolvimento do estado.

O Encontro de Economia Baiana é uma realização da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) e pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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