A produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, assinalou decréscimo de 1,6% em setembro de 2016, frente ao mês imediatamente anterior, após crescer 9,9% em agosto e recuar 11,0% em julho. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana caiu 8,0%, sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. A variação acumulada entre janeiro e setembro de 2016 registrou queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015. No acumulado nos últimos 12 meses, a atividade registrou taxa negativa de 5,8%, frente ao mesmo período anterior, queda menos intensa do que a observada em agosto último (-5,9%). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apresentou decréscimo de 8,0%, com 6 das 12 atividades pesquisadas assinalando queda na produção. O principal impacto negativo no período foi observado no setor Derivados de petróleo (-28,1%), pressionado, principalmente, pelo menor processamento de óleo diesel, gasolina, óleos combustíveis, GLP e álcool etílico. Outros resultados negativos no indicador foram registrados em Metalurgia(-36,5%), Indústria extrativa (-23,3%), Produtos de minerais não-metálicos (-25,0%), Produtos de borracha e de material plástico (-1,3%) e Bebidas (-2,0%). Em sentido contrário, a principal contribuição positiva veio de Veículos(67,7%), atribuída a maior produção de automóveis e peças ou acessórios para o sistema de direção ou suspensão para veículos. Cabe mencionar também os avanços vindos de Produtos químicos (6,9%), Produtos alimentícios(11,8%), Couros, artigos para viagem e calçados (16,7%), Celulose, papel e produtos de papel (0,7%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,8%).
No período de janeiro a setembro de 2016, comparando-se com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou taxa negativa de 4,7%. Sete dos 12 segmentos da indústria geral apresentaram resultado negativo, com destaque para Derivados de petróleo, que registrou queda de 8,4%, pressionado pela menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica; e Veículos (-19,1%), pressionado pela menor produção de automóveis e de painéis automotivos. Vale citar ainda a redução de Indústrias extrativas(-20,1%), Produtos de minerais não-metálicos (-18,5%) e Produtos de borracha e de material plástico (-4,4%).Positivamente, o setor de Metalurgia, teve a maior influência positiva no indicador, com aumento de 9,2%, explicado, em grande medida, pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre.Importante ressaltar também os resultados positivos assinalados por Produtos químicos (3,7%), Produtosalimentícios (5,0%), Bebidas (10,0%) e Couros, artigos para viagem e calçados (3,1%) .
No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria do estado teve retração de 5,8%, em relação ao mesmo período anterior. Sete dos 12 segmentos da indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para Veículos(-22,0%), Derivados de petróleo (-8,9%), Indústrias extrativas (-17,8%), Produtos minerais não metálicos (-17,0%), Produtos de borracha e de material plástico (-4,0%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos(-31,3%). Positivamente, registraram aumento na produção Metalurgia (9,6%), Produtos alimentícios (4,4%) e Bebidas (7,4%).
Comparativo Regional - A redução no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 4,8%, na comparação de setembro de 2016 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada em 12 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Espírito Santo (-19,7%), Goiás (-11,5%), Amazonas (-10,9%), Mato Grosso (-10,3%), Paraná (-9,1%) e Bahia (-8,0%). Por outro lado, Pará (3,6%) e Santa Catarina (0,2%) obtiveram resultados positivos nesse mês.
Assim como a média nacional registrou taxa negativa de 7,8% no período de janeiro a setembro de 2016, 12 dos 14 locais pesquisados também apontaram taxas negativas. As principais quedas no período foram observadas nos estados de Espírito Santo (-22,3%), Amazonas (-13,7%) e Pernambuco (-12,7%). Já Pará (10,2%) e Mato Grosso (5,0%) registraram avanços. A Bahia ocupou o 9º resultado negativo no período.
Análise Trimestral - No terceiro trimestre de 2016, a indústria baiana assinalou queda de -13,0%, mais intensa que a registrada no segundo trimestre de 2016 (-3,5%). Destaca-se o setor de Derivados de petróleo e biocombustíveis, que passou de -15,0% para -30,1%, de Metalurgia, que passou de 32,6% para -19,2% e Celulose, papel e produtos de papel que passou de 12,9% para -8,9%.