A quinta edição do Fórum Baiano de Economia Aplicada, que ocorreu nesta sexta (07), dedicou-se às discussões acerca de políticas públicas para o desenvolvimento da economia regional. A abertura do evento contou com a participação Paulo Balanco, diretor da Faculdade de Economia da UFBA, Henrique Tomé Costa, coordenador de pós-graduação em Economia da UFBA e Gustavo Casseb Pessoti, diretor de Indicadores e Estatística da SEI. Tomé iniciou a apresentação do evento ressaltando a necessidade de ampliar o alcance da economia aplicada no estado, e reforçou a necessidade da participação da academia na composição de políticas públicas. Já Balanco abordou a relevância da temática escolhida para a edição de 2016: “ As políticas públicas tornaram-se objeto de grande interesse da sociedade e do estado, uma exigência incontornável da sociedade. Temos que continuar em frente, exigindo que as políticas voltadas para a melhoria do bem-estar da população sejam efetivamente encaminhadas”.
Pessoti, que representou a diretora-geral da SEI, Eliana Boaventura, falou um pouco sobre o surgimento do Fórum Baiano de Economia Aplicada, e também comentou o papel da SEI no estado e nos debates acerca da conjuntura econômica baiana. “A SEI é uma depositária das mais importantes estatísticas públicas dentro do estado da Bahia. É um órgão de planejamento importantíssimo, e é essencial que nossa informação e nossas publicações sejam voltadas para a sociedade baiana e para a academia, para que a gente possa produzir um planejamento mais alicerçado que possa se consubstanciar em melhorias para a população”, avaliou o economista.
O dia foi de apresentações de trabalhos que variaram entre diversas temáticas: a palestra de abertura, com André Portela, mestre em Economia pela USP e professor da Escola de Economia de São Paulo FGV-EESP, intitulou-se "A importância do uso das evidências empíricas para as políticas públicas". “A mensagem que eu gostaria de passar, na verdade, é que temos todo um instrumental, método e arcabouço de organização e análise de informações, que acoplados ao bom senso e ao uso da teoria econômica podem ajudar muito na tomada de decisões para políticas públicas”, explicou Portela. Na sequência, a primeira seção de trabalhos girou em torno do tema “Avaliação de políticas em Economia: saúde e crime”, com apresentações dos professores Breno Sampaio (UFPE) e Rudi Rocha (UFRJ).
Na seção seguinte, os trabalhos dentro do eixo temático “Desenvolvimento do Nordeste: urbanização e capital humano” abordaram a “Urbanização e variação climática no semiárido do Nordeste”, de Lorena Fonseca (UFBA), e os “Gargalos de qualificação da força de trabalho do Nordeste”, pesquisa de Paulo Meyer (UFBA, IPEA).
O evento encerrou-se com a palestra de Daniel da Mata (IPEA), sobre “Os efeitos do crédito público em uma área de vulnerabilidade climática”. Ao fim do Fórum, a SEI também lançou a nova edição da Bahia Análise & Dados, com o tema “Desenvolvimento regional e a interiorização produtiva na Bahia”. “O mais importante é a relevância que a revista tem dentro da economia baiana e é um documento de planejamento. As sessões desta edição foram pensadas para abordar o desenvolvimento tanto da perspectiva teórica quanto da prática”, avaliou Pessoti.