As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), contabilizaram um saldo negativo de 3.516 postos de trabalho com carteira assinada em agosto de 2016. Tal resultado expressa a diferença entre o total de 49.733 admissões e 53.249 desligamentos. O saldo registrado em agosto situou-se em um patamar superior ao contabilizado em igual mês do ano anterior (-6.853 postos) e superior ao do mês de julho de 2016 (-7.716 postos), incluindo as declarações fora do prazo.
Setorialmente, seis segmentos exibiram saldos negativos na Bahia em agosto: Agropecuária (-1.798 postos), Comércio (-1.510 postos), Serviços (-889 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-76 postos), Administração Pública (-9 postos) e Extrativa Mineral (-8 postos). Em contrapartida, dois setores absorveram trabalhadores celetistas: Construção Civil (+407 postos) e Indústria de Transformação (+367 postos).
No acumulado dos últimos oito meses, novamente, seis setores de atividade registraram saldos negativos, destes, o pior desempenho foi o de Serviços (-23.198 postos), seguido por Comércio (-15.666 postos), Construção Civil (-11.489 postos), Extrativa Mineral (-782 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-490 postos) e Indústria de Transformação (-270 postos). Os setores que apresentaram saldos positivos foram: Agropecuária (+6.299 postos) e Administração Pública (+2.545) postos.
A Bahia (-3.516 postos) ocupou a 9ª posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados nordestinos e a 23ª posição no Brasil, em agosto de 2016. Na Região Nordeste, três estados apresentaram saldos negativos. O estado com o menor saldo foi a Bahia (-3.516), seguido por Sergipe (-1.001 postos) e Piauí (-8 postos). Entretanto, seis criaram posições de trabalho com carteira assinada. São eles: Pernambuco (+9.035 postos), Paraíba (+5.905 postos), Alagoas (+4.099 postos), Maranhão (+2.246 postos), Rio Grande do Norte (+2.237 postos) e Ceará (+406 postos).
Acumulado do ano – No acumulado dos oito últimos meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -43.051 postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que o estado ocupasse a 24ª posição no país e a oitava no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos com carteira assinada. Na derradeira posição na região nordestina ficou Pernambuco (-47.780 postos), seguido por Bahia (-43.051 postos), Alagoas (-29.985 postos), Ceará (-28.965 postos), Sergipe (-14.620 postos), Rio Grande do Norte (-13.012 postos), Maranhão (-10.974 postos), Piauí (-8.789 postos) e Paraíba (-7.769 postos). Todos os estados nordestinos totalizaram saldo negativo no acumulado de janeiro a agosto de 2016.
Análise RMS e Interior – Analisando-se os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado em agosto de 2016, constata-se que o resultado do emprego foi negativo tanto na RMS quanto no interior. De forma mais precisa, na Região Metropolitana de Salvador foram encerrados 2.185 postos de trabalho e o interior fechou 1.331 posições celetistas.
Quanto ao saldo de emprego de janeiro a agosto de 2016, novamente, enfatiza-se que a RMS fechou 42.438 postos de trabalho celetista e o interior encerrou 613 postos de trabalho com carteira assinada
Análise municipal – Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os menores saldos de empregos em agosto de 2016, ressaltam-se Salvador (-1.231 postos), Eunápolis (-624 postos), Lauro de Freitas (-414 postos) e Feira de Santana (-318 postos). Em contrapartida, Juazeiro (+690 postos), Itabuna (+580 postos) e Campo Formoso (+277 postos) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.